O programa Lixo Orgânico Zero iniciou em 2013, como um projeto piloto e contou com o apoio do Ministério Público, e foi tema da dissertação da egressa do mestrado em Ambiente e Saúde da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), Silvia de Oliveira, que levantou dificuldades e facilidades da compostagem ecológica nas escolas de educação básica de Lages. O resultado desse trabalho, que vem sendo desenvolvido há seis anos nas escolas, presídios e locais públicos, resultou na exposição que permanece na universidade até o dia 08 de Novembro.
O município paga cerca de R$ 315 por tonelada de lixo para transportar, destinar no aterro sanitário e tratar. São 85 instituições que desenvolvem o Método Lages de Compostagem, na exposição 45 banners representam parte do grupo, onde são encontrados um desvio de mais de 15 toneladas por mês, resultando em uma economia de mais R$ 4.725.
A coordenadora pedagógica do projeto e egressa do Mestrado em Ambiente e Saúde, Silvia de Oliveira, destaca que desde a criação do projeto, foram inúmeros os avanços e relata um específico que busca instigar a população a fazer o destino correto dos resíduos. "A prefeitura de Lages em parceria com o CAV/Udesc, participou do primeiro edital de compostagem promovido pelo Fundo Nacional de Meio Ambiente e Fundo Socioambiental da Caixa em 2017, ficando em primeiro lugar, garantindo aporte financeiro de R$ 985 mil. Com a renda, conseguimos comprar equipamentos como carro, bicicletas elétricas, triciclos, mudas e um triturador para triturar a poda, material orgânico de difícil decomposição, que é feita em todo o município, isso porque as pessoas não tinham como cobrir os resíduos orgânicos e agora com essa facilidade, podemos devolver para a comunidade como forma de incentivo a prática de reutilização”.
O objetivo dos organizadores é envolver a sociedade no projeto, para que implantem o método dentro das suas casas. “Precisamos retirar os resíduos orgânicos da rota do lixo e devolver para o ciclo alimentar, de forma que as pessoas podem plantar e colher alimentos saudáveis, sem agrotóxicos e sem precisar comprar. Então, estamos proporcionando qualidade de vida, saúde e responsabilidade com o meio ambiente”, finaliza Silvia.
A Exposição continua na Uniplac até o fim da primeira semana de novembro, e nos dias 04 e 05 a equipe do programa Lixo Orgânico Zero estará conversando e explicando para a comunidade e os acadêmicos as facilidades e os benefícios da compostagem. Os visitantes poderão trazer os seus resíduos recicláveis e o óleo de cozinha em garrafas plásticas, para dar uma destinação adequada, além de ter a possibilidade de levar materiais orgânicos para utilizar nos canteiros e plantios nas residências.
Luan Turcati / Central de Notícias Uniplac (CNU)